Como manejar una cerda hiperprolífica y alimentar a sus lechones

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escrito por Redacción Infopork

1 – INTRODUCCIÓN

El  éxito de la producción de cerdos y la supervivencia de esta actividad depende de la competencia tecnológica y administrativa del sistema. Existen sistemas que priorizan el uso de tecnologías mas adecuadas pero carecen de un buen gerenciamiento del negocio. La situación inversa es más común observar: se trata de un gran esfuerzo en las negociaciones, pero deja al borde del cumplimiento de las tareas básicas de la granja. 
Con las increíbles dificultades que el sector se ha enfrentado cada año, la selectividad de los participantes en este negocio requiere que cada actor o grupo de actores, se ha comprometido a incorporar la tecnología que mejora la productividad y la calidad, acompañados de una gestión correcta. Es como un buen centro delantero en el fútbol, que se requieren, como mínimo,  patear con ambas piernas.
Los sistemas de producción porcina en todo el mundo están revisando sus objetivos para alcanzar por lo menos
30 lechones destetados / cerda / año. Esta meta no es fácil de lograr, pero debe ser perseguida. Ddiferentes sistemas
ya están llegando a este índice con éxito  y ahora prueban metas más altas. De todos modos, este proceso
depende del rendimiento de un gran cúmulo  de conocimiento, partiendo  de la genética, que fue el principal responsable del aumento del número de lechones y la salud de la camada, áreas que no se tratan en este artículo, así como la administración del negocio. El tema a abordar en esta discusión será la implementación de algunos procedimientos nutricionales en el manejo de las cerdas de alta prolificidad y sus camadas.

2 – AUMENTANDO EL NÚMERO DE LECHONES DESTETADOS

El gran objetivo es la producción de cerdos aumentando el número de lechones destetados. Knox (2006) identificó, a través de modelos de simulación de producción porcina los componentes de producción que tenían mayor influencia para aumentar el número de lechones al destete. Este estudio evaluó la evolución de la producción de lechones al destete con el aumento de 5% en las siguientes variables: número de lechones nacidos, % de la tasa de prestación, días del 
dias no período de lactação, % de mortalidade e dias de intervalo desmame-cobrição 
(Tabela 1). A partir desses números, verificou-se que os investimentos em aumento do número de leitões nascidos são os que proporcionam
maior ganho em termos de número de leitões ao desmame. O aumento do número de leitões nascidos é um problema
complexo e sofre influência de um grande número de variáveis como, por exemplo, a taxa de ovulação. Embora essa
seja de média herdabilidade, outras características como sobrevivência embrionária, capacidade uterina e número
de leitões nascidos vivos são de baixa herdabilidade. Mesmo assim, os programas de melhoramento genético tem
obtido excelentes resultados, graças à seleção contínua por longo período de tempo para compensar a baixa herdabilidade
dessa característica. Parece claro que o melhoramento genético tem sido o grande responsável pelo aumento
do número de leitões a exemplo da Tabela 2, com dados resumidos de alguns experimentos ao longo dos anos. Contudo,
uma medida que tem grande efeito é o acompanhamento dos partos por funcionários treinados. Knox (2006)
estimou que esse procedimento pode aumentar o tamanho da leitegada em cerca de 5% ou o equivalente de 0,5 a
0,6 leitões por leitegada. Um outro parâmetro que parece ser mais fácil de ser melhorado do que o número de leitões
nascidos é a taxa de parto, pois um modesto incremento de 4 unidades percentuais pode aumentar em 0,67 leitões
desmamados por leitegada. De acordo com as informações da Tabela 1, um esforço conjunto no aumento de 5% do
número de leitões nascidos e na taxa de parto resultaria em 1,89 leitões a mais por leitegada ao desmame. Da mesma
forma, um aumento de 7 dias na idade ao desmame, passando de 21 para 28 dias, assumindo-se que tanto a taxa
de parto como o número de leitões nascidos são melhorados, resultaria em um incremento estimado da ordem de
1,2 a 1,3 leitões ao desmame/leitegada. Com relação à mortalidade após o nascimento, Knox (2006) estimou que a
redução de 8 para 6% nesse parâmetro proporcionaria aumento de 0,3 leitões ao desmame. O autor concluiu que
essas simulações são importantes para localizar os pontos a serem melhorados em um sistema de produção e que os
parâmetros mais importantes para o aumento do número de leitões ao desmame são o número de leitões nascidos,
a taxa de parto e a mortalidade. Complementando, para se atingir 30 leitões desmamados/ano seria necessário que
o sistema de produção apresentasse 13 a 14 leitões nascidos vivos, taxa de parto de 85 a 90% e mortalidade de 5
a 10%. É importante lembrar que incrementos em um desses fatores tem efeito direto sobre os resultados dos outros
efeitos.

3 –
IMPORTÂNCIA DA REDUÇÃO DA VARIABILIDADE DO PESO DOS LEITÕES

Embora
pareça, pelo estudo de Knox (2006), que a mortalidade tenha papel secundário
sobre o número de

leitões
desmamados, outros autores, como Le Dividich (1999), consideram que um dos
grandes objetivos a serem perseguidos

pelos
produtores de suínos é a redução do número de leitões natimortos e da
mortalidade após o parto.

Uma das
maiores causas de mortalidade perinatal é a variabilidade do peso ao nascer, a
qual pode ser

enorme. Ela
tem influência também sobre o desempenho posterior do animais, causando
problemas na formação de

lotes de
peso similar, agrupando leitões de diferentes leitegadas.

Em geral o
coeficiente de variação do peso ao nascer dentro da leitegada varia de 18 a 25% (LEENHOUWERS

et al.,
1999). Esta variabilidade de peso ao nascer tem influência ao desmame também,
podendo atingir números

ainda
maiores.

A
variabilidade de peso ao nascer não é apenas reflexo do tamanho da leitegada,
mas também da ordem

de parto da
porca, do genótipo, da competição por leite, da habilidade de produção de leite
pela porca e da saúde dos

leitões e da
porca.

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leitões.

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Scientiae Veterinariae. 35: S29-S36.

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Leenhouwerset
al. (1999) verificou que a variabilidade no peso ao nascer dentro e entre
leitegadas de quatro

genótipos
de linhas fêmeas foi da ordem de 17,9 e 16,4%, respectivamente.

Altos
coeficientes de variação são verificados tanto em pequenas (<7-8 leitões com
CV=26,3%) como

grandes
(>15 leitões com CV=22,3%) leitegadas. O aumento de um leitão no tamanho da
leitegada ao nascer reduz,

em média, o
peso individual dos leitões em 35
g
, além de aumentar a proporção de leitões mais fracos
(<1,0 kg).
Aumentando

o tamanho
da leitegada de 7-9 para 13 leitões resulta no aumento de 0,2 leitões fracos
para cada leitão adicional.

Para
grandes leitegadas (>13 leitões), cada leitão extra corresponde a um
adicional, em termos de leitões fracos, de

0,7 (LE
DIVIDICH, 1999).

A nutrição
dos fetos é determinada pela quantidade de nutrientes transferida da mãe para
seus fetos, a qual

depende
tanto do tamanho da placenta como do fluxo sangüíneo. Este último, por sua vez,
é dependente do número

de fetos.
Há uma alta correlação (r = 0,73) entre tamanho da placenta e peso dos fetos.
Da mesma forma, há alta correlação

(r = 0,83)
entre fluxo sangüíneo na placenta e peso do feto (DE ROTH & BISAILLON,
1980; WOOTTON et al.,

1977). Os
leitões de leitegadas mais numerosas são mais leves porque o fluxo sangüíneo
uterino por feto decresce

com o
número de fetos (PERE et al., 1997). Há evidências de que a variabilidade no
peso dos leitões é definida ao

início da
gestação, uma vez que os menores fetos podem ser identificados já nos 30-35
dias de gestação (VAN DER

LENDEet
al., 1990; WISE et al., 1997).

4 – MANEJO
DOS LEITÕES RECÉM NASCIDOS

VISANDO
REDUZIR A VARIABILIDADE DE PESO

Algumas
práticas são importantes para a redução da variabilidade de peso dos leitões e
conseqüente redução

da
mortalidade:

4.1 –
Acompanhamento de partos

Cuidados
iniciais de limpeza, desobstrução das vias respiratórias, aquecimento dos
leitões e posicionamento

para
estimular e garantir o consumo de colostro. Esta prática constitui-se de
importância fundamental para o desenvolvimento

dos leitões
e redução da mortalidade.

4.2 –
Deixar de cortar os dentes dos leitões mais fracos

Esta prática
foi estudada por Fraser & Thompson (1991) e Robert et al. (1995) com o
intuito de melhorar a

competitividade
dos leitões mais fracos frente aos irmãos de maior tamanho. Esses autores
observaram que em leitegadas

numerosas (12 a 14 leitões) os leitões
menores que não tiveram seus dentes cortados apresentaram 32% de

mortalidade
frente a 40% de mortalidade no grupo controle, além de apresentarem uma maior
taxa de ganho de peso,

que foi ao
redor de 8%. Embora esta prática apresente uma pequena vantagem, ela não
substitui outras práticas para

redução da
variabilidade de peso e mortalidade dos leitões.

4.3 –
Transferência de leitões

Transferir
leitões de leitegadas mais numerosas para aquelas menos numerosas, equalizando
as leitegadas

e agrupando
leitões de pesos similares. É usualmente realizada dentro de algumas horas após
o parto para facilitar

a ordenação
dos leitões em relação às tetas da porca, mas pode ser realizada ao longo de
todo o período de lactação

causando,
neste caso, efeitos negativos no comportamento da porca e dos leitões o que
geralmente acarreta em pior

desempenho,
além de exigir mais mão-de-obra. Alguns estudos mostram que a transferência de
leitões pode reduzir

a
mortalidade pré-desmame em até 40% (ENGLSH & BAMPTON, 1982). Em outro estudo
(MARCATTI NETO, 1986),

leitões com
peso igual ou inferior a 800 g
apresentaram mortalidade pré-desmame de 62,5% quando eram mantidos

com suas
porcas enquanto aqueles que eram transferidos para outras leitegadas de peso
similar apresentaram mortalidade

de 15,4%.
Em contraste, Kirkwood et al. (1998) não observaram vantagens na formação de
leitegadas com

peso
similar. De acordo com Van der Lende & De Jager (1991), leitões de baixo
peso ao nascer apresentam um alto

risco de
morte, independente da categoria de peso a que pertencem dentro da leitegada.
Esses autores sugerem que

a
correlação entre mortalidade e variabilidade no peso ao nascer é devida à
presença de leitões pequenos e não à

variabilidade
per si. É importante salientar que a transferência de leitões é um fator
negativo para a saúde dos animais

já que
favorece a transmissão de doenças como a Síndrome Reprodutiva e Respiratória
dos Suínos (PRRS) e a Síndrome

Multisistêmica
do Definhamento (circovirose).

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4.4 –
Desmame parcelado ou fracionado (“split weaning”)

Desmame dos
leitões mais pesados de uma leitegada alguns dias antes de se atingir a idade
planejada de

desmame. Na
maioria dos estudos sobre essa técnica foi observado maior taxa de ganho de
peso, da ordem de 27

a 61%,
dependendo da idade, em leitões leves quando comparado com o manejo tradicional
(EDWARDS et al., 1985;

ENGLISHet
al., 1987; MAHAN, 1993; PLUSKE & WILLIAMS, 1996; VESSEUR et al., 1997).
Essa prática promove

maior
oferta de leite pela porca em um estágio da lactação em que, em geral, a
demanda por nutrientes através do leite

é maior do
que a oferta.

4.5 –
Melhor dimensionamento da cela/baia parideira

Em alguns
estudos não foi possível evidenciar as vantagens de se modificar a disposição
da barras laterais

das celas
parideiras sobre o desempenho dos leitões (THOMPSON & FRASER, 1986; FRASER
& THOMPSON, 1986).

Entretanto,
observa-se que o número de leitões por leitegada tem aumentado e a área
destinada à porca e a progênie

não vem
sendo alterada nos novos projetos de granjas ou nas granjas já estabelecidas.
Este é um fator importante

que deve
ser estudado e certamente tem grande efeito na viabilidade dos leitões.

A
variabilidade do peso dos leitões, em qualquer fase, não é um parâmetro
usualmente analisado pelos

pesquisadores.
Entretanto, ele é muito útil, pois pode auxiliar na adoção de tecnologias pelo
sistema produtivo. Um

exemplo é
demonstrado com o uso de levedura viva na alimentação de porcas em gestação
(Tabela 3).







5 – MANEJO
DAS PORCAS NA GESTAÇÃO

O manejo
correto das porcas na gestação é essencial para aumentar o número de leitões
desmamados

através da
maximização da taxa de parto e do número de leitões nascidos vivos. Qualquer
problema nestes dois

índices
zootécnicos indica que o manejo das fêmeas na gestação não está adequado.
Alguns fatores que afetam negativamente

os
resultados nesta fase são: aumento do intervalo desmame-cobertura, período de
lactação curto, épocas

do ano mais
quentes, fêmeas de baixa e alta ordem de parto, alto consumo de dieta no início
da gestação, altas temperaturas

no início
da gestação e ocorrência de doenças. Como estes efeitos não são totalmente
conhecidos, isoladamente

ou em
conjunto, em geral, recomenda-se as seguintes medidas: limitar o consumo de
energia nas primeiras

três
semanas de gestação e não mudar as fêmeas de local ou agrupá-las até o final do
primeiro de gestação. Após

este
período crítico, alimentar as porcas conforme a condição corporal. No caso das
fêmeas que estiverem mais

magras após
o agrupamento, recomenda-se voltar ao alojamento individual para ajustar o
consumo de alimento para

alcançar
melhor condição corporal. As exigências em nutrientes aumentam com o avanço da
gestação, especialmente

a partir
dos 90 dias de prenhes quando a taxa de crescimento fetal é muito maior. Por
isso é muito importante

aumentar a
quantidade e cuidar da qualidade do alimento nesta fase para otimizar o
crescimento dos fetos, manter

as porcas
em uma boa condição corporal e promover o bom desenvolvimento das glândulas
mamarias.

6 – MANEJO
DAS PORCAS NA LACTAÇÃO

Os
objetivos durante a lactação são: produzir o maior número de leitões, que eles
tenham um peso adequado

ao desmame
e que porca chegue ao final da lactação em condições de ser coberta o mais
rápido possível, tendo

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uma nova
gestação que se desenvolva normalmente. Em se tratando de número máximo de
leitões com bom peso

ao desmame,
entenda-se que a porca deva apresentar uma boa produção de leite, a qual é ao
redor de 3 L/dia ao

início e
10-12 L/dia no pico de lactação, dependendo do número de leitões, da sua viabilidade
e da disponibilidade de

nutrientes
para a síntese de leite, seja através da dieta ou de origem endógena. As fêmeas
normalmente consomem

pouco na
primeira semana de lactação (3 a
4 kg/dia) por falta de adaptação e pela demanda menor de produção de

leite,
característica de início de lactação. Entretanto, as necessidades de consumo
aumentam rapidamente, como

reflexo do
rápido crescimento da progênie. Assim, é importante cuidar para que o consumo
de ração seja à vontade

a partir da
segunda semana de lactação, evitando que os nutrientes para a produção de leite
tenham origem principal

nas
reservas corporais da fêmea. Existem várias formas de estimular o consumo de
alimento pelas porcas, destacando-

se quatro
itens: (a) necessidade do fornecimento de dietas palatáveis, livres de
micotoxinas; (b) fornecimento

de várias
refeições diárias; (c) garantia de fornecimento constante de água limpa, fresca
e abundante; e (d) manutenção

de um
ambiente com temperatura confortável para as porcas.

6.1 –
Utilização de sucedâneos do leite

A
utilização de sucedâneos lácteos na alimentação de leitegadas que apresentam
crescimento limitado

pode
constituir-se em prática importante para aumentar o peso ao desmame e reduzir a
mortalidade de leitões, especialmente

para
compensar a produção insuficiente de leite pelas porcas. Em alguns estudos tem
sido demonstrado

que
leitegadas com acesso a suplementação com algum tipo de sucedâneo crescem 10 a 38% mais rápido do que

aquelas que
não tem acesso à suplementação (AZAIN et al., 1996; DUNSHEA et al., 1997;
LINDBERG et al., 1997).

Normalmente,
essa prática não afeta negativamente a produção de leite das porcas até os 20
dias de lactação e

apresenta
um efeito positivo sobre o crescimento dos animais até, pelo menos, os 120 dias
de idade (DUNSHEA et

al., 1997).
Alguns autores observaram que a condição corporal das porcas melhorou quando o
desmame foi realizado

aos 35 dias
(LINDBERG et al., 1997). Os efeitos benéficos dessa prática são mais evidentes
em épocas quentes,

quando o
consumo de alimento é um problema para as porcas, dependendo das condições de
produção. Atualmente,

constituem-se
dificuldades para a implementação desta técnica o custo do sucedâneo, a
disponibilidade e o preço

dos
equipamentos necessários e o gasto com mão-de-obra.

6.2 –
Reduzindo a mortalidade

Do ponto de
vista prático, é difícil reduzir a mortalidade embrionária, restando garantir
um bom manejo

nutricional,
ambiental e sanitário às fêmeas. Entretanto, há evidências que a nutrição
mineral pode afetar o número

o número de
leitões nascidos e reduzir a mortalidade. A suplementação de selênio orgânico,
comparado à suplementação

com selênio
de selenito de sódio, promove aumento do tonos muscular podendo reduzir o
número de natimortos já

que o parto
é facilitado. Além disso, o sistema imune apresenta maior resposta, o que reduz
também a mortalidade

(CLOSE,
2003).

A eficácia
do uso de minerais orgânicos na nutrição de suínos carece ainda de estudos,
especialmente na

fase de
reprodução. Os microminerais tem sido utilizados na alimentação animal na forma
inorgânica, predominantemente.

O aumento
do número de leitões nascidos vivos tem sido observado quando parte dos
minerais inorgânicos foi

substituído
pelos mesmos elementos, mas na forma orgânica (MIRANDO et al., 1993; MAHAN
& PETERS, 2004;

LIMAet al.
2006).

Limaet al.
(2007) realizaram um estudo para determinar os efeitos da combinação de
minerais inorgânicos

e orgânicos
no desempenho de porcas e suas leitegadas ao longo de três ciclos reprodutivos
consecutivos. Leitoas

foram divididas
em dois grupos: tratamento controle onde os microminerais eram suplementados na
forma inorgânica;

e
tratamento onde se combinou fontes inorgânicas e orgânicas dos minerais. Os
níveis e as fontes de suplementação

dos
microminerais e os resultados do experimento são apresentados na Tabela 4. As
variáveis peso, condição corporal,

espessura
de toucinho, consumo de ração e intervalo desmama cobrição não foram afetadas
significativamente

pelos
tratamentos. Entretanto, a combinação de minerais inorgânicos e orgânicos
promoveu aumento significativo no

número de
leitões nascidos vivos e desmamados além de reduzir o número de natimortos e
mumificados. Estes resultados

não são
totalmente explicados mas sugere-se que o aumento da disponibilidade dos
microminerais na forma

orgânica
bem como as diferentes velocidade e rotas de absorção verificadas entre as duas
formas de microminerais

promoveram
as respostas positivas. Além disso, há relatos na literatura de que o maior
número de leitões ao nascer

e ao
desmame pode ser alcançado quando se utiliza níveis de microminerais inferiores
aos sugeridos pelo NRC-1998,

sugerindo
que há efeitos deletérios quando microminerais na forma inorgânica são
utilizados em excesso em dietas

de suínos
(FLOWERS et al., 2001).

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A redução
da mortalidade antes do desmame é atualmente o grande desafio para se aumentar
o número

de leitões
desmamados/porca/ano. Este ponto pode ser melhorado especialmente pelo manejo
nos primeiros dias de

vida, mas
também ao longo do período de lactação.

Knox (2006)
relatou que os 10% melhores produtores de suínos dos Estados Unidos apresentam
uma média

de
mortalidade pré-desmama, em seus sistemas, da ordem de 9,0%, enquanto que
aqueles que apresentam excepcionais

resultados
possuem de 6-7% de mortalidade. Taxas de mortalidade similares, da ordem de 8 a 10%, foram verificadas

na
Dinamarca por Jensen (2004).

Em geral o
número de nascidos mortos e a taxa de mortalidade antes do desmame aumentam com
o aumento

do número
total de leitões nascidos. Cerca de 75% de todas as mortes de leitões acontecem
durante os primeiros

3 dias após
o nascimento e somente 13% das mortes ocorrem no período de 4 a 7 dias após o nascimento,

verificando-se
os restantes 12% nas semanas seguintes até o desmame (KNOX, 2006).

7 –
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O período
de lactação é a época mais crítica da produção de suínos: os leitões recém
nascidos lutam para

sobreviver,
as porcas lutam para alimentar sua progênie, mesmo que tenham que mobilizar
grande parte de tecido

corporal, e
o suinocultor luta para desmamar o máximo de leitões com um bom peso, pois a
lucratividade do negócio

depende do
número de leitões desmamados.

A seguir
são apresentados algumas recomendações importantes para se aumentar o número de
leitões

desmamados/porca/ano:

• Utilizar
genótipos de alta prolificidade;

• Aumentar
a taxa de parto;

• Reduzir a
mortalidade após o nascimento;

• Utilizar
nutrição adequada para a formação de novas reprodutoras;

• Usar
grãos sadios, livres de micotoxinas, para as porcas e leitões, especialmente;








• Fornecer dietas adequadamente balanceadas com ingredientes de alta qualidade e disponibilidade de nutrientes;

• Reduzir o número de dias não produtivos das fêmeas através da cobertura antecipada de leitoas, redução do

intervalo desmame – cobertura, redução dos retornos de cio;

• Acompanhar partos;

• Estimular o consumo de colostro;

• Separar leitões que já mamaram colostro e permitir que os leitões menores possam ter acesso sem competição

por cerca de uma hora;

• Estimular o consumo de alimento sólido pelos leitões o mais cedo possível;

• Espaço mínimo de 4 m2 na cela/baia parideira;

• Monitorar as porcas individualmente quanto ao comportamento, identificando aquelas com dificuldades de produção

de leite e as mais agressivas;

• Procurar ter a maior parte das porcas com ordem de parto entre 3 a 6, evitando altas taxas de reposição, com

muitas fêmeas de parto 1-2 ou mantendo fêmeas velhas no plantel;

• Buscar a máxima higienização em todos os procedimentos;

• Trabalhar com pessoal bem treinado e de alta competência.

Nesta revisão foram apresentados vários aspectos que podem contribuir para a viabilidade dos leitões de

fêmeas hiperprolíficas ou não. O enfoque principal foi o de redução de mortalidade e da variabilidade de peso dos

leitões, mas outros tantos aspectos poderiam ter sido abordados também. Fica evidente a necessidade de mais estudos

para elucidar pontos duvidosos e o modo de ação de cada fator. Contudo, o melhoramento está avançando e

as fêmeas estão produzindo cada vez mais leitões, o que significa em maiores desafios para as áreas correlatas com

o objetivo de manter os leitões vivos e com bom desempenho zootécnico. O nível de produtividade das porcas e as

dificuldades dos leitões em se alimentarem, quer competindo por colostro e leite, quer mantendo as dificuldades de

consumo de alimento sólido no período de aleitamento, vem demonstrando que novas formas de fornecimento de

nutrientes tem que ser estudadas para atender as demandas, frente à altíssima produtividade. Sugere-se que novos

estudos abordem: (a) ferramentas nutricionais aplicadas às porcas em gestação que promovam aumento do peso ao

nascer e redução da sua variabilidade; (b) alternativas que promovam aumento da concentração de nutrientes no colostro

e no leite; (c) desenvolvimento de estratégias nutricionais, de manejo e equipamentos para aleitamento artificial

de leitões.

8 – REFERÊNCIAS

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escrito por Redacción Infopork

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