1 – INTRODUCCIÓN
2 – AUMENTANDO EL NÚMERO DE LECHONES DESTETADOS
3 –
IMPORTÂNCIA DA REDUÇÃO DA VARIABILIDADE DO PESO DOS LEITÕES
Embora
pareça, pelo estudo de Knox (2006), que a mortalidade tenha papel secundário
sobre o número de
leitões
desmamados, outros autores, como Le Dividich (1999), consideram que um dos
grandes objetivos a serem perseguidos
pelos
produtores de suínos é a redução do número de leitões natimortos e da
mortalidade após o parto.
Uma das
maiores causas de mortalidade perinatal é a variabilidade do peso ao nascer, a
qual pode ser
enorme. Ela
tem influência também sobre o desempenho posterior do animais, causando
problemas na formação de
lotes de
peso similar, agrupando leitões de diferentes leitegadas.
Em geral o
coeficiente de variação do peso ao nascer dentro da leitegada varia de
et al.,
1999). Esta variabilidade de peso ao nascer tem influência ao desmame também,
podendo atingir números
ainda
maiores.
A
variabilidade de peso ao nascer não é apenas reflexo do tamanho da leitegada,
mas também da ordem
de parto da
porca, do genótipo, da competição por leite, da habilidade de produção de leite
pela porca e da saúde dos
leitões e da
porca.
Lima
G.J.M.M. 2007. Como manejar uma fêmea hiperprolífica e alimentar os seus
leitões.
Acta
Scientiae Veterinariae. 35: S29-S36.
S31
Leenhouwerset
al. (1999) verificou que a variabilidade no peso ao nascer dentro e entre
leitegadas de quatro
genótipos
de linhas fêmeas foi da ordem de 17,9 e 16,4%, respectivamente.
Altos
coeficientes de variação são verificados tanto em pequenas (<7-8 leitões com
CV=26,3%) como
grandes
(>15 leitões com CV=22,3%) leitegadas. O aumento de um leitão no tamanho da
leitegada ao nascer reduz,
em média, o
peso individual dos leitões em
g
(<
Aumentando
o tamanho
da leitegada de 7-9 para 13 leitões resulta no aumento de 0,2 leitões fracos
para cada leitão adicional.
Para
grandes leitegadas (>13 leitões), cada leitão extra corresponde a um
adicional, em termos de leitões fracos, de
0,7 (LE
DIVIDICH, 1999).
A nutrição
dos fetos é determinada pela quantidade de nutrientes transferida da mãe para
seus fetos, a qual
depende
tanto do tamanho da placenta como do fluxo sangüíneo. Este último, por sua vez,
é dependente do número
de fetos.
Há uma alta correlação (r = 0,73) entre tamanho da placenta e peso dos fetos.
Da mesma forma, há alta correlação
(r = 0,83)
entre fluxo sangüíneo na placenta e peso do feto (DE ROTH & BISAILLON,
1980; WOOTTON et al.,
1977). Os
leitões de leitegadas mais numerosas são mais leves porque o fluxo sangüíneo
uterino por feto decresce
com o
número de fetos (PERE et al., 1997). Há evidências de que a variabilidade no
peso dos leitões é definida ao
início da
gestação, uma vez que os menores fetos podem ser identificados já nos 30-35
dias de gestação (VAN DER
LENDEet
al., 1990; WISE et al., 1997).
4 – MANEJO
DOS LEITÕES RECÉM NASCIDOS
VISANDO
REDUZIR A VARIABILIDADE DE PESO
Algumas
práticas são importantes para a redução da variabilidade de peso dos leitões e
conseqüente redução
da
mortalidade:
4.1 –
Acompanhamento de partos
Cuidados
iniciais de limpeza, desobstrução das vias respiratórias, aquecimento dos
leitões e posicionamento
para
estimular e garantir o consumo de colostro. Esta prática constitui-se de
importância fundamental para o desenvolvimento
dos leitões
e redução da mortalidade.
4.2 –
Deixar de cortar os dentes dos leitões mais fracos
Esta prática
foi estudada por Fraser & Thompson (1991) e Robert et al. (1995) com o
intuito de melhorar a
competitividade
dos leitões mais fracos frente aos irmãos de maior tamanho. Esses autores
observaram que em leitegadas
numerosas (
menores que não tiveram seus dentes cortados apresentaram 32% de
mortalidade
frente a 40% de mortalidade no grupo controle, além de apresentarem uma maior
taxa de ganho de peso,
que foi ao
redor de 8%. Embora esta prática apresente uma pequena vantagem, ela não
substitui outras práticas para
redução da
variabilidade de peso e mortalidade dos leitões.
4.3 –
Transferência de leitões
Transferir
leitões de leitegadas mais numerosas para aquelas menos numerosas, equalizando
as leitegadas
e agrupando
leitões de pesos similares. É usualmente realizada dentro de algumas horas após
o parto para facilitar
a ordenação
dos leitões em relação às tetas da porca, mas pode ser realizada ao longo de
todo o período de lactação
causando,
neste caso, efeitos negativos no comportamento da porca e dos leitões o que
geralmente acarreta em pior
desempenho,
além de exigir mais mão-de-obra. Alguns estudos mostram que a transferência de
leitões pode reduzir
a
mortalidade pré-desmame em até 40% (ENGLSH & BAMPTON, 1982). Em outro estudo
(MARCATTI NETO, 1986),
leitões com
peso igual ou inferior a
apresentaram mortalidade pré-desmame de 62,5% quando eram mantidos
com suas
porcas enquanto aqueles que eram transferidos para outras leitegadas de peso
similar apresentaram mortalidade
de 15,4%.
Em contraste, Kirkwood et al. (1998) não observaram vantagens na formação de
leitegadas com
peso
similar. De acordo com Van der Lende & De Jager (1991), leitões de baixo
peso ao nascer apresentam um alto
risco de
morte, independente da categoria de peso a que pertencem dentro da leitegada.
Esses autores sugerem que
a
correlação entre mortalidade e variabilidade no peso ao nascer é devida à
presença de leitões pequenos e não à
variabilidade
per si. É importante salientar que a transferência de leitões é um fator
negativo para a saúde dos animais
já que
favorece a transmissão de doenças como a Síndrome Reprodutiva e Respiratória
dos Suínos (PRRS) e a Síndrome
Multisistêmica
do Definhamento (circovirose).
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leitões.
Acta
Scientiae Veterinariae. 35: S29-S36.
S32
4.4 –
Desmame parcelado ou fracionado (“split weaning”)
Desmame dos
leitões mais pesados de uma leitegada alguns dias antes de se atingir a idade
planejada de
desmame. Na
maioria dos estudos sobre essa técnica foi observado maior taxa de ganho de
peso, da ordem de 27
a 61%,
dependendo da idade, em leitões leves quando comparado com o manejo tradicional
(EDWARDS et al., 1985;
ENGLISHet
al., 1987; MAHAN, 1993; PLUSKE & WILLIAMS, 1996; VESSEUR et al., 1997).
Essa prática promove
maior
oferta de leite pela porca em um estágio da lactação em que, em geral, a
demanda por nutrientes através do leite
é maior do
que a oferta.
4.5 –
Melhor dimensionamento da cela/baia parideira
Em alguns
estudos não foi possível evidenciar as vantagens de se modificar a disposição
da barras laterais
das celas
parideiras sobre o desempenho dos leitões (THOMPSON & FRASER, 1986; FRASER
& THOMPSON, 1986).
Entretanto,
observa-se que o número de leitões por leitegada tem aumentado e a área
destinada à porca e a progênie
não vem
sendo alterada nos novos projetos de granjas ou nas granjas já estabelecidas.
Este é um fator importante
que deve
ser estudado e certamente tem grande efeito na viabilidade dos leitões.
A
variabilidade do peso dos leitões, em qualquer fase, não é um parâmetro
usualmente analisado pelos
pesquisadores.
Entretanto, ele é muito útil, pois pode auxiliar na adoção de tecnologias pelo
sistema produtivo. Um
exemplo é
demonstrado com o uso de levedura viva na alimentação de porcas em gestação
(Tabela 3).
5 – MANEJO
DAS PORCAS NA GESTAÇÃO
O manejo
correto das porcas na gestação é essencial para aumentar o número de leitões
desmamados
através da
maximização da taxa de parto e do número de leitões nascidos vivos. Qualquer
problema nestes dois
índices
zootécnicos indica que o manejo das fêmeas na gestação não está adequado.
Alguns fatores que afetam negativamente
os
resultados nesta fase são: aumento do intervalo desmame-cobertura, período de
lactação curto, épocas
do ano mais
quentes, fêmeas de baixa e alta ordem de parto, alto consumo de dieta no início
da gestação, altas temperaturas
no início
da gestação e ocorrência de doenças. Como estes efeitos não são totalmente
conhecidos, isoladamente
ou em
conjunto, em geral, recomenda-se as seguintes medidas: limitar o consumo de
energia nas primeiras
três
semanas de gestação e não mudar as fêmeas de local ou agrupá-las até o final do
primeiro de gestação. Após
este
período crítico, alimentar as porcas conforme a condição corporal. No caso das
fêmeas que estiverem mais
magras após
o agrupamento, recomenda-se voltar ao alojamento individual para ajustar o
consumo de alimento para
alcançar
melhor condição corporal. As exigências em nutrientes aumentam com o avanço da
gestação, especialmente
a partir
dos 90 dias de prenhes quando a taxa de crescimento fetal é muito maior. Por
isso é muito importante
aumentar a
quantidade e cuidar da qualidade do alimento nesta fase para otimizar o
crescimento dos fetos, manter
as porcas
em uma boa condição corporal e promover o bom desenvolvimento das glândulas
mamarias.
6 – MANEJO
DAS PORCAS NA LACTAÇÃO
Os
objetivos durante a lactação são: produzir o maior número de leitões, que eles
tenham um peso adequado
ao desmame
e que porca chegue ao final da lactação em condições de ser coberta o mais
rápido possível, tendo
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leitões.
Acta
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S33
uma nova
gestação que se desenvolva normalmente. Em se tratando de número máximo de
leitões com bom peso
ao desmame,
entenda-se que a porca deva apresentar uma boa produção de leite, a qual é ao
redor de 3 L/dia ao
início e
10-12 L/dia no pico de lactação, dependendo do número de leitões, da sua viabilidade
e da disponibilidade de
nutrientes
para a síntese de leite, seja através da dieta ou de origem endógena. As fêmeas
normalmente consomem
pouco na
primeira semana de lactação (
4 kg/dia) por falta de adaptação e pela demanda menor de produção de
leite,
característica de início de lactação. Entretanto, as necessidades de consumo
aumentam rapidamente, como
reflexo do
rápido crescimento da progênie. Assim, é importante cuidar para que o consumo
de ração seja à vontade
a partir da
segunda semana de lactação, evitando que os nutrientes para a produção de leite
tenham origem principal
nas
reservas corporais da fêmea. Existem várias formas de estimular o consumo de
alimento pelas porcas, destacando-
se quatro
itens: (a) necessidade do fornecimento de dietas palatáveis, livres de
micotoxinas; (b) fornecimento
de várias
refeições diárias; (c) garantia de fornecimento constante de água limpa, fresca
e abundante; e (d) manutenção
de um
ambiente com temperatura confortável para as porcas.
6.1 –
Utilização de sucedâneos do leite
A
utilização de sucedâneos lácteos na alimentação de leitegadas que apresentam
crescimento limitado
pode
constituir-se em prática importante para aumentar o peso ao desmame e reduzir a
mortalidade de leitões, especialmente
para
compensar a produção insuficiente de leite pelas porcas. Em alguns estudos tem
sido demonstrado
que
leitegadas com acesso a suplementação com algum tipo de sucedâneo crescem
aquelas que
não tem acesso à suplementação (AZAIN et al., 1996; DUNSHEA et al., 1997;
LINDBERG et al., 1997).
Normalmente,
essa prática não afeta negativamente a produção de leite das porcas até os 20
dias de lactação e
apresenta
um efeito positivo sobre o crescimento dos animais até, pelo menos, os 120 dias
de idade (DUNSHEA et
al., 1997).
Alguns autores observaram que a condição corporal das porcas melhorou quando o
desmame foi realizado
aos 35 dias
(LINDBERG et al., 1997). Os efeitos benéficos dessa prática são mais evidentes
em épocas quentes,
quando o
consumo de alimento é um problema para as porcas, dependendo das condições de
produção. Atualmente,
constituem-se
dificuldades para a implementação desta técnica o custo do sucedâneo, a
disponibilidade e o preço
dos
equipamentos necessários e o gasto com mão-de-obra.
6.2 –
Reduzindo a mortalidade
Do ponto de
vista prático, é difícil reduzir a mortalidade embrionária, restando garantir
um bom manejo
nutricional,
ambiental e sanitário às fêmeas. Entretanto, há evidências que a nutrição
mineral pode afetar o número
o número de
leitões nascidos e reduzir a mortalidade. A suplementação de selênio orgânico,
comparado à suplementação
com selênio
de selenito de sódio, promove aumento do tonos muscular podendo reduzir o
número de natimortos já
que o parto
é facilitado. Além disso, o sistema imune apresenta maior resposta, o que reduz
também a mortalidade
(CLOSE,
2003).
A eficácia
do uso de minerais orgânicos na nutrição de suínos carece ainda de estudos,
especialmente na
fase de
reprodução. Os microminerais tem sido utilizados na alimentação animal na forma
inorgânica, predominantemente.
O aumento
do número de leitões nascidos vivos tem sido observado quando parte dos
minerais inorgânicos foi
substituído
pelos mesmos elementos, mas na forma orgânica (MIRANDO et al., 1993; MAHAN
& PETERS, 2004;
LIMAet al.
2006).
Limaet al.
(2007) realizaram um estudo para determinar os efeitos da combinação de
minerais inorgânicos
e orgânicos
no desempenho de porcas e suas leitegadas ao longo de três ciclos reprodutivos
consecutivos. Leitoas
foram divididas
em dois grupos: tratamento controle onde os microminerais eram suplementados na
forma inorgânica;
e
tratamento onde se combinou fontes inorgânicas e orgânicas dos minerais. Os
níveis e as fontes de suplementação
dos
microminerais e os resultados do experimento são apresentados na Tabela 4. As
variáveis peso, condição corporal,
espessura
de toucinho, consumo de ração e intervalo desmama cobrição não foram afetadas
significativamente
pelos
tratamentos. Entretanto, a combinação de minerais inorgânicos e orgânicos
promoveu aumento significativo no
número de
leitões nascidos vivos e desmamados além de reduzir o número de natimortos e
mumificados. Estes resultados
não são
totalmente explicados mas sugere-se que o aumento da disponibilidade dos
microminerais na forma
orgânica
bem como as diferentes velocidade e rotas de absorção verificadas entre as duas
formas de microminerais
promoveram
as respostas positivas. Além disso, há relatos na literatura de que o maior
número de leitões ao nascer
e ao
desmame pode ser alcançado quando se utiliza níveis de microminerais inferiores
aos sugeridos pelo NRC-1998,
sugerindo
que há efeitos deletérios quando microminerais na forma inorgânica são
utilizados em excesso em dietas
de suínos
(FLOWERS et al., 2001).
Lima
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leitões.
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Scientiae Veterinariae. 35: S29-S36.
S34
A redução
da mortalidade antes do desmame é atualmente o grande desafio para se aumentar
o número
de leitões
desmamados/porca/ano. Este ponto pode ser melhorado especialmente pelo manejo
nos primeiros dias de
vida, mas
também ao longo do período de lactação.
Knox (2006)
relatou que os 10% melhores produtores de suínos dos Estados Unidos apresentam
uma média
de
mortalidade pré-desmama, em seus sistemas, da ordem de 9,0%, enquanto que
aqueles que apresentam excepcionais
resultados
possuem de 6-7% de mortalidade. Taxas de mortalidade similares, da ordem de
na
Dinamarca por Jensen (2004).
Em geral o
número de nascidos mortos e a taxa de mortalidade antes do desmame aumentam com
o aumento
do número
total de leitões nascidos. Cerca de 75% de todas as mortes de leitões acontecem
durante os primeiros
3 dias após
o nascimento e somente 13% das mortes ocorrem no período de
verificando-se
os restantes 12% nas semanas seguintes até o desmame (KNOX, 2006).
7 –
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período
de lactação é a época mais crítica da produção de suínos: os leitões recém
nascidos lutam para
sobreviver,
as porcas lutam para alimentar sua progênie, mesmo que tenham que mobilizar
grande parte de tecido
corporal, e
o suinocultor luta para desmamar o máximo de leitões com um bom peso, pois a
lucratividade do negócio
depende do
número de leitões desmamados.
A seguir
são apresentados algumas recomendações importantes para se aumentar o número de
leitões
desmamados/porca/ano:
• Utilizar
genótipos de alta prolificidade;
• Aumentar
a taxa de parto;
• Reduzir a
mortalidade após o nascimento;
• Utilizar
nutrição adequada para a formação de novas reprodutoras;
• Usar
grãos sadios, livres de micotoxinas, para as porcas e leitões, especialmente;
• Fornecer dietas adequadamente balanceadas com ingredientes de alta qualidade e disponibilidade de nutrientes;
• Reduzir o número de dias não produtivos das fêmeas através da cobertura antecipada de leitoas, redução do
intervalo desmame – cobertura, redução dos retornos de cio;
• Acompanhar partos;
• Estimular o consumo de colostro;
• Separar leitões que já mamaram colostro e permitir que os leitões menores possam ter acesso sem competição
por cerca de uma hora;
• Estimular o consumo de alimento sólido pelos leitões o mais cedo possível;
• Espaço mínimo de 4 m2 na cela/baia parideira;
• Monitorar as porcas individualmente quanto ao comportamento, identificando aquelas com dificuldades de produção
de leite e as mais agressivas;
• Procurar ter a maior parte das porcas com ordem de parto entre 3 a 6, evitando altas taxas de reposição, com
muitas fêmeas de parto 1-2 ou mantendo fêmeas velhas no plantel;
• Buscar a máxima higienização em todos os procedimentos;
• Trabalhar com pessoal bem treinado e de alta competência.
Nesta revisão foram apresentados vários aspectos que podem contribuir para a viabilidade dos leitões de
fêmeas hiperprolíficas ou não. O enfoque principal foi o de redução de mortalidade e da variabilidade de peso dos
leitões, mas outros tantos aspectos poderiam ter sido abordados também. Fica evidente a necessidade de mais estudos
para elucidar pontos duvidosos e o modo de ação de cada fator. Contudo, o melhoramento está avançando e
as fêmeas estão produzindo cada vez mais leitões, o que significa em maiores desafios para as áreas correlatas com
o objetivo de manter os leitões vivos e com bom desempenho zootécnico. O nível de produtividade das porcas e as
dificuldades dos leitões em se alimentarem, quer competindo por colostro e leite, quer mantendo as dificuldades de
consumo de alimento sólido no período de aleitamento, vem demonstrando que novas formas de fornecimento de
nutrientes tem que ser estudadas para atender as demandas, frente à altíssima produtividade. Sugere-se que novos
estudos abordem: (a) ferramentas nutricionais aplicadas às porcas em gestação que promovam aumento do peso ao
nascer e redução da sua variabilidade; (b) alternativas que promovam aumento da concentração de nutrientes no colostro
e no leite; (c) desenvolvimento de estratégias nutricionais, de manejo e equipamentos para aleitamento artificial
de leitões.
8 – REFERÊNCIAS
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